segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Final apoteótico, com fogo e tambor

Crédito: Beto Figueroa/ O Santo/ Divulgação
Fosse em uma das ladeiras da Cidade Alta e não na Praça do Carmo, quem esteve no show de encerramento da MIMO ontem, com o maestro Letieres Leite e sua Orkestra Rumpilezz, bem que poderia ter se sentido no Pelourinho, de Salvador. A apresentação começou às 20h30, acompanhada por uma multidão que lotava Olinda desde as primeiras atrações do dia e foi engrossada pelos que curtiam as prévias carnavalescas que já tomam conta dos domingos na cidade.

Notoriamente feliz por participar do evento, Letieres afirmou que era uma honra estar em Pernambuco, estado de grande riqueza musical, e mostrou que de qualidade e música ele entende. Foi irretocável e contagiante a execução das composições do disco homônimo, lançado pela big band em 2009. Faixas como Anunciação, Dazarábias e Temporal arrancaram palmas da plateia, que vibrava com a percussão potente e os instrumentos de sopro que conferiam o toque de jazz. Teve até homenagem a Neguinho do Samba.

Ao final do concerto, e também da Mostra, era impossível querer ir embora. Letieres entendeu e presenteou o público com BIS e uma apoteose que só os tambores baianos e o fogo poderiam propiciar - cuspidores deram um tom circense ao espetáculo, no meio do público. As entidades do candomblé abençoaram a MIMO e deixaram os bons agouros para a edição que vem. Olhando os sorrisos nos vinte músicos de branco no palco e dos presentes no show, ficou a sensação de que se o próximo ano tiver metade da energia boa de ontem, já estará a contento.
 

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