segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Cinco sentidos na MIMO

O que eu quero da MIMO 2012 é poder aguçar os sentidos. Quero ouvir o preciosismo doloroso de Arnaldo Baptista no Teatro de Santa Isabel, deixar meu corpo se entregar ao groove da Paraphernália, no Seminário de Olinda, perceber cada instrumento na acústica das igrejas seculares, onde serão conferidos sons como o jazz do cubano Chucho Valdés. Quero sentir o cheiro da grama do Seminário, enquanto confiro os curtas da Mostra de Cinema. Ou o vento frio do Alto da Sé, na apresentação de longas como o premiado Brasil somos nós, dirigido sob o olhar espanhol de Robert Bellsolà. Quero jantar uma tapioca ou um acarajé, enquanto observo no mirante uma das mais belas vistas de Pernambuco. Também gostaria de tomar vinho ouvindo a Orquestra Contemporânea de Olinda executar seu mais recente e bonito disco. Mas, acima de tudo, creio que eu queira ver e sentir a gente que vai para a mostra. Queria notar, entre as caras ao meu redor, menos conhecidos e mais estranhos encantados. Gente nova na festa, descobrindo a maravilha desse evento gratuito, cultura de alto nível pra todas as classes. Apurar o tato.


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