segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Maestro André Muniz destaca espaço dado a orquestras na MIMO

A Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que se apresenta na MIMO pelo segundo ano seguido no próximo domingo (às 18h30, na Igreja da Madre de Deus, no Recife Antigo), completou três anos de existência mantendo o foco na consolidação do publico de música sinfônica em Natal, em especial através da execução de obras nacionais modernas e contemporâneas - fato ainda raro e audacioso no país.

O maestro pernambucano André Luiz Muniz, titular da OSUFRN, enfatizou em depoimento exclusivo ao Blog da MIMO a boa recepção da orquestra na capital potiguar e ressaltou que, em nível nacional, o espaço destinado às sinfônicas tem sido amplo: "Nos grandes festivais do Brasil as orquestras têm presença assegurada, vide as dezenas delas que se apresentam por ano no Festival de Inverno de Campos do Jordão. A MIMO também tem se pautado pela diversidade nesse item: neste ano, em uma semana, teremos cinco orquestras e isso é ótimo para o público e para os profissionais da área".

Descrevendo o jovem violoncelista Diego Paixão, convidado especial da OSUFRN, como "uma grata revelação no cenário musical do Nordeste", André Muniz comenta o repertório do concerto a ser apresentado na MIMO 2011, onde Paixão tocará Joseph Haydn e o compositor gaúcho Dimitri Cervo estará presente: "Brasil Amazônico de Dimitri Cervo é uma excelente obra desse compositor minimalista brasileiro; a escolha dela rende homenagem à presença de Philip Glass na MIMO. O Concerto em ré maior de Haydn é uma peça de referência no repertório violoncelístico, de grande dificuldade técnica e musical. E a Suíte Vila Rica é um conjuntos de pequenas peças extraídas da música incidental para o filme homônimo; a obra é de Camargo Guarnieri e se insere na lógica da OSUFRN, que busca entre alunos e público a valorização dos grande compositores do Seculo XX no Brasil".

A primeira participação da OSUFRN na MIMO aconteceu em 2010, quando - na Igreja da Sé, em Olinda - a orquestra executou a Primeira Sinfonia do compositor potiguar Danilo Guanais, para coro, quatro declamadores solistas e orquestra.

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